terça-feira, 15 de maio de 2007

Um quinto dos trabalhadores em metalurgia apresentam problemas auditivos e 12% têm dificuldade em compreensão da fala

Os danos que ambientes ruidosos podem provocar à saúde auditiva humana não são novidade. Em 1951 já era sugerido no meio médico que trabalhadores de metalúrgicas, por exemplo, utilizassem protetores de ouvidos. Mas as variantes no tipo de som e nos efeitos que ele pode provocar são tantas que sempre surgem dados novos e importantes. Um estudo feito por Simone Adad Araújo, pós-graduanda em otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), verificou que chega a 21% o número de trabalhadores em ambiente ruidoso de uma metalúrgica que apresentam problemas auditivos. E que chega a 12% os que têm dificuldade de compreensão da fala. A maior ocorrência foi a de tinitus (zumbido no ouvido), em 13% dos trabalhadores. A pesquisa foi publicada na edição de maio da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia.
Para o trabalho, foram selecionados 187 trabalhadores (entre 18 e 50 anos) de uma metalúrgica em Goiânia (GO). Todos trabalhavam em um ambiente com ruído acima de 85 decibéis, considerado excessivamente ruidoso e representativo do ambiente metalúrgico. Eles fizeram teste de audiometria ocupacional e submeteram-se a entrevistas, nas quais foram apuradas suas principais queixas referentes à audição e que outros problemas externos ao ambiente de trabalho eles teriam que pudessem interferir em sua audição. Além dos dois problemas já citados (tinitus e dificuldade de compreensão da fala), verificou-se tonturas (12%), hipoacusia (7%), otorréia (6%) e sensação de plenitude autricular (4%).

Fonte: prometeu.com.br

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